domingo, 25 de outubro de 2009

Virose Narcísica


Eis-me de volta à blogosfera, depois desta minha ausência devida a motivo de força maior... Não, não dei de frosques para uma ex-colónia africana para escapar dos estilhaços de uma justa explosão de alegria em Matosinhos e retemperar o aspecto, bem pelo contrário, fiquei fechado em casa a desgastar uma virose que me apanhou à falsa fé, e que por isso eu resolvi baptizar de "virose narcísica"... era isso ou "a p... da virose que me virou as vísceras do avesso e me pôs a vomitar durante três dias seguidos". Optei pelo nome mais curto, mas que no fundo é sinónimo do segundo...

A razão efectiva do meu silêncio é que as duas opiniões médicas que obtive proibiram 2 coisas: cafeína e gorduras, ou seja, cafezinho subversivo e torradas a pingar manteiga pró tecto, vai daí os posts estariam irremediávelmente comprometidos pelo que "antes calado que a dizer asneiras".

Hoje já tomei o meu cafezinho e a minha torrada (ainda não pinga manteiga mas já é um princípio) e comecei a carburar melhor relativamente a alguns assuntos que tenho visto na imprensa e há um que me deixou particularmente intrigado: então aquele cujo nome não devemos pronunciar não tinha fugido para Angola para não ter que se justificar perante os que pagaram bem caro pela banha da cobra que ele tanto vendeu? Deixou o campo de batalha cheio de mortos e feridos, as bandeiras de guerra ainda penduradas por todo o concelho e nem os seus mais fiéis generais puderam cometer o hara-kiri da praxe em frente ao seu senhor pelo falhanço da "operação coração"...

Desculpem-me, agora divaguei um bocadinho... perdi a objectividade do raciocínio... isso do hara-kiri era para os samurais que defendiam com a vida um código de honra e verdade, os conflitos eram resolvidos face a face e os golpes sujos eram repudiados e nem sequer lhes passava pela cabeça utilizá-los, ou seja, não tem nada a ver com a campanha que fez o pseudo-imperador independente...

Bolas, tenho mesmo que começar a carregar na manteiga e a aumentar à dose diária de cafeína, até porque parece-me que muita coisa ainda vai acontecer e muito em breve, pelo que tenho de ficar mais atento!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Sonho de uma noite de eleições

Foi noite de festa, sem qualquer vergonha assumo que participei na euforia da verdadeira festa socialista com a vitória de Guilherme Pinto e substituí o meu café por um copo de bom vinho tinto e as torradas por uns camarões à maneira com o meu molho de manteiga a não poder faltar. Se calhar os copos que se seguiram contribuiram e talvez o café tivesse "cheirinho", mas na minha mente moldou-se um delírio cinematográfico, digno de um Fellini alucinado e argumentado por um Tarantino, com uns aromas de Tim Burton:
Corria o dia 11 de Outubro do ano da graça de 2009 depois de Cristo quando pela hora das completas (hora da oração da noite) o” Senhuor de Matozuinhos” falava do púlpito televisivo aos seus “fiéis”. Eis que para espanto de todos, depois de não sei quantas voltas acerca do que deveria ser uma oração de perdão pelas mentiras, calúnias e actos de verdadeira loucura e esquizofrenia, o discurso começa como uma verdadeira homilia de dia de Páscoa: a ressurreição.
Mas quem ouvia não conseguia perceber nada de tal discurso pois, se por um lado o dito senhor dizia que não tinha perdido as eleições e não culpava os eleitores que nele não votaram, por outro culpava um certo aparelho de um tal grande partido.
Ora é talvez chegada a hora de os seus “fiéis” perguntarem efectivamente qual é afinal o tal partido, o seu credo e de onde lhe vem tanto provento porque afinal a sua dita ressurreição não passou de um negócio feito dentro dos autocarros, às portas de barraquinhas de cerveja contratadas e até às senhas de racionamento para o almocinho (uma bela nota de 50 euros por cabeça).
Isto dá que pensar até para um agnóstico convicto como eu, porque afinal a montanha pariu um ratinho, e digo ratinho visto que, feitas as contas finais da campanha deste tal Senhuor de Matozuinhos, os seus ditos fiéis vão cobrar o dízimo dado em adiantamento para merecer a graça do seu perdão para um pecado que nem sabiam que tinham cometido.
Bem, em jeito de conclusão, penso que seja melhor aconselhar aos amigos deste “Senhuor de Matozuinhos” que talvez seja melhor trocar o púlpito da igreja do Bom Jesus pelo consultório do psiquiatra. Acredito que seria do agrado de todos e, depois de muitas consultas, até do próprio. Isto antes que ele seja um perigo para si próprio e ao confundir os solstícios se queime numa ”fogueira de beltane”, aparecendo depois sob uma forma qualquer a culpar meio mundo do que lhe aconteceu...

Eu garanto que regresso ao café e torradinhas, até porque a cafeína subversiva estará sempre presente para postar opiniões, anseios e reflexões!

sábado, 10 de outubro de 2009

Reflexão



Finalmente, depois de toda a algazarra, confusões, golpes e outras artimanhas e jogadas mais ou menos lícitas (muitas pouco lícitas), impõe-se o dia chamado de "reflexão" para que, em consciência, se vote no melhor candidato ou, pelo menos, no mais conveniente.

Dada a minha recente entrada nesta coisa de me interessar por política, apesar de não ter qualquer dúvida em quem vou votar, achei por bem imbuir-me no espírito da coisa e reflectir. Café na mesa, torradinha a sair e com a manteiga da praxe e vai daí, toca a reflectir. Estava eu em pleno processo reflectivo quando recebo um sms, esperava eu de algum amigo ou amiga e qual não é o meu espanto quando verifico que o sms era de alguém por parte daquele cujo nome não pode ser pronunciado, a oferecer boleia à malta que não tivesse transporte para ir votar no pseudo-independente mor...

Ora bem, não falando da ilegalidade que a coisa representa e referindo apenas a jogada desesperada de aproveitar todos os votos (esperemos não haver defuntos a votar), esta tropa anda a querer desconcentrar a reflexão dos eleitores??? A minha estragaram de certeza, até porque fiquei tão estupefacto pela situação que o café perdeu o aroma e a torrada arrefeceu... sacanas, tudo menos estragar-me o café e as torradas... grandes sacanas!!!

Concerteza amanhã o chazinho vai ser dado... com a cruz no lugar certo: "a mãozinha".

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

NARCISISTAS, RESSABIADOS E OUTROS QUE TAL...


O meu café e torradas dos últimos dias têm sido tomados com alguma apreensão, agora que se avizinha aquilo que nas legislativas a laranjada chamou de "hora da verdade", desta feita em Matosinhos e para as autárquicas. Se não tenho, neste momento, dúvida absolutamente nenhuma acerca de qualquer uma das candidaturas à presidência da Câmara Municipal, o mesmo não posso dizer relativamente aos números finais do escrutínio.

Relativamente áquilo que ouso prever, o paraquedismo social-democrata continuará a não dar frutos, possivelmente a vindima ainda vai render menos uvas que em anos anteriores; a canhotada radical está bem a mandar as larachas do costume e a serem uma oposição a favor do contra; na comuna da velha guarda nada de novo e os pseudo-socialistas-independentes-cardíacos... bem, estes fazem-me um bocado de comichão no sistema nervoso.

A falange apoiante desta onda narcisista está cheia daquilo que o povo chama "ressabiados", aquela malta que não vendo os seus interesses e o seu umbigo devidamente olhado, opta por apontar armas àqueles que, por ser a resposta mais ética, mais legal, mais correcta e mais justa, lhes deu um redondo "NÃO". Se calhar estavam habituados a resolver essa questão com uns presentes, umas jantaradas ou uns recuados e agora essa já não cola.

E depois temos os pobres de espírito, aqueles a quem a vida não sorriu e que não puderam ter a inteligência estimulada, que com falsas promessas de emprego ou "uma casinha" se empenham numa causa falsa, mesquinha, vingativa e até insultuosa aos matosinhenses... Estes não os culpo, estão bem ludibriados!

A grande questão aqui é que narcisistas, ressabiados e outros que tal são de ideias fixas, não desistem de bater forte e feio com a cabeça na parede, e no dia 11 vão lá estar de armas e bagagens.

POR ISSO É NECESSÁRIO QUE QUEM COMIGO CONCORDA E QUER UM MATOSINHOS DE FUTURO, COM PROJECTOS E IDEIAS JÁ CUMPRIDOS E PARA CUMPRIR E QUE VÊ NA EQUIPA COMANDADA POR GUILHERME PINTO A ESCOLHA ACERTADA, VÁ ÀS URNAS E TORNE O SEU VOTO VÁLIDO, LEVE FAMÍLIA, AMIGOS E CONHECIDOS QUE PROCUREM UM MATOSINHOS MELHOR E TODOS EXERÇAM O SEU DEVER CÍVICO, PARA QUE DEFINITIVAMENTE SE COLOQUEM AS PESSOAS NOS LUGARES MERECIDOS: UM NA CÂMARA MUNICIPAL E AQUELE DE QUEM NÃO OUSAMOS PRONUNCIAR O NOME ALGURES COM UMAS PANTUFITAS...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Leça da Palmeira - What a city!!!




Leceiro me confesso, nascido, criado, recenseado e de onde não tenho intenção de deixar de residir. O café à beira mar é sempre mais agradável e as torradas quentinhas com a manteiga temperada pelo aroma da maresia tem uma indescritibilidade que me faz parafrasear "a terra mais bonita de Portugal".


Esta freguesia tem uma difícil questão para resolver pelos leceiros: escolher o próximo presidente de junta. Diz-se haver 3 possibilidades: rosa, laranja e pseudo-sem cor. Dando nomes aos bois (sem qualquer intenção perjurativa, note-se) temos um Pedro Sousa cheio de vontade, conhecedor da realidade leceira, com uma visão global da freguesia no concelho; temos um Abel Soares que cá da terra sempre foi do contra porque sim e que deixou que as "Raízes" de uma associação secassem assim que a semente foi lançada; por último temos um Pedro Tabuada que, a julgar pelo seu mandato, não pesca nada do que é Leça da Palmeira que nunca foi terra de organização de guerrilha contra o poder municipal.


Para mim a escolha é simples: não quero viver num enclave sem cor ainda para mais com influências narcísicas, as sementes que eu lançar nesta terra quero que brotem e floresçam, pelo que vou optar pela rosa, até porque sei que não vai ser a flor bonita que vai ser tratada, mas sim os muitos espinhos que hoje existem nesta freguesia, com uma certeza de aposta de futuro e para o futuro dos leceiros e de todos os que por bem cá queiram estar...


Perdoem-me o fundamentalismo, mas é a minha terra...

Preferências clubísticas



Ainda eu não tinha bem idade para tomar café já ouvia dizer que religião, política e futebol nunca se discute e muito menos se mistura, tanto mais que para muitos futebol ou política são por si só religiões.

Sendo assim, confesso que tenho muita curiosidade em perceber qual foi o método de selecção do PSD para os candidatos às juntas de freguesia de Matosinhos, pois à primeira vista dos cartazes que estão por todo o concelho, todos são sportinguistas. Inspirando os vapores subversivos do meu cafezinho, penso no slogan "um presidente tranquilo" como uma predileção clubística e, apesar de não ter problema nenhum com a lagartagem (eu próprio gosto de me aquecer ao sol), acho que a "tranquilidade leonina" não será a mesma que a tranquilidade laranjística, que me parece ser uma tranquilidade de "com calma amigos, não me parece que a gente vá lá das canetas"... Às tantas já são os tiques futeboleiros do paraquedista laranja a espalhar-se nos fiéis de matosinhos!

Rara excepção para algumas faixas em Lavra, onde existe um "presidente seguro", o que me leva a pensar, acompanhando a torradinha, qual será a companhia seguradora que aceita estas apólices social-democratas...


domingo, 4 de outubro de 2009

Uma questão de sanidade



Sinceramente que esta coisada toda de eleições e campanhas eleitorais durante um mês inteiro (época oficial, claro) já me cansa, ora legislativas e agora autárquicas. Vale-me a minha cafeína subversiva para me espevitar, mas confesso que sinto cada vez mais necessidade do mimo da torradinha quente e agora encharcada em manteiga para me levar numa "trip" de relaxamento para um outro mundo de "peace and love" mas sem o psicadelismo ácido que outras substâncias menos lícitas provocam...

Por coincidência ou não, a ressaca das torradas bate sempre mais forte quando inadvertidamente ouço, vejo ou leio intervenções daquele cujo nome não nos atrevemos a pronunciar, o que me leva a colocar em questão a sanidade mental, minha e do próprio, até porque eu não sou fundamentalista em acreditar que eu estou sempre correcto e em perfeito juízo.

Senão vejamos: esta figura dirigiu-se à lota de Matosinhos dizendo ser fundamental a construção de uma nova rampa de acesso para barcos e modernização dos pavilhões, obras e intervenções que o governo vem há anos a adiar e ninguém luta por isso, depois fala para os jornais a dizer que vai arrancar os cartazes de projectos virtuais para fazer escolas, casas de apoio à terceira idade, construir esquadras de polícia em várias freguesias e passar a GNR para Perafita, mais tarde liga para casa das pessoas a dizer que é um socialista que está a concorrer como independente à câmara municipal e se quiserem votar nele é na última linha com o símbolo do coração e depois vai para a televisão dizer que vai ganhar por maioria absoluta assim que as pessoas souberem que têm de votar "aqui na última linha ao lado do coração" exibindo o boletim de voto...

Então este caramelo que até fez parte do governo quando foi secretário de estado das pescas não fez nada pela lota, diz que vai construir as instalações e infraestruturas que este executivo já assegurou e ainda por cima acha que os matosinhenses precisam de orientação para ler um boletim de voto e procurar o candidato de sua eleição???
Está tudo doido para acreditarem nestas coisas, estou eu doido por não achar isto normal ou o mítico "senhuor de matozuinhos" está a candidatar-se a uma estadia prolongada em certa instituição hospitalar da Circunvalação?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

E agora as autárquicas

Agora que já se terminou o capítulo Legislativas, eis que começou hoje a batalha Autárquicas.
Se bem que em muitas câmaras e juntas as eleições são um mero pró-forma, algumas outras adventam duas semanas intensas de actividade, campanha e, claro está, jogo de bastidores e provavelmente sujo, muito sujo, como creio que será em Matosinhos e algumas das suas freguesias.
Entretanto, depois de alguns cafés subversivos perto de alguns cartazes novos e outros nem por isso, deparei-me com um fenómeno engraçado: a independência é tanta que se optou por um cartaz tipo para todas as freguesias e com uma descrição muito simples:

- o independente-mor de gravata para ficar mais bonito já que está à frente em primeiro plano;
- o súbdito em mangas de camisa e sem gravata com escala ajustada à do primeiro-planista, o que se justifica, porque ou já chega a corda a apertar o nó pela estupidez em que se meteram ou porque vão ser eles a ter que trabalhar para dar os louros ao "chefe";
- todos se chamam narciso, o que se aceita atendendo à aspiração de omnipotência do "chefe";
- todos os candidatos têm a freguesia no coração, por mim tudo bem, até porque se não há projectos, inteligência ou raciocínios apela-se ao sentimento (o Benfica safou-se à grande com a operação coração).
Agora sim, com a torradinha a sair e a acompanhar o café de hoje, fica-me uma dúvida: será que "Narciso" já tem registo tipo "CR9" e vai fazer vender camisolas à força toda, que é como quem diz angariar cruzinhas no boletim???
Se andar com "Ronaldo" nas costas já não motiva muitos matosinhenses, parece-me que exibir "Miranda" não vai ter pernas para andar...

domingo, 27 de setembro de 2009

A vitória toca a todos


Terminado o escrutínio das legislativas, deu-se como reeleito o actual primeiro-ministro. Apesar de amanhã, ao tomar o meu café matinal, me poder vangloriar de ter apostado no "cavalo vencedor", confesso ter ficado algo confuso relativamente aos comentários dos líderes supostamente derrotados já que, a julgar pelos discursos, todos venceram.
A Nelinha Leite venceu o título "maior partido da oposição", o Chico Canhoto o do "roubamos muitos votos ao PS", o proletário Jerónimo o título "a vitória moral do costume", o Paulinho das Feiras o do "sorriso forçado mais natural" e os dos partidos pequeninos o prémio ex-aequo "pelo menos participamos"...
Sendo asim, sinto-me defraudado ao exercer o meu dever cívico, aquele pelo qual tantos lutaram e se sacrificaram, que fizeram da política algo novamente emocionante e que motivava as pessoas, que permitia ideais diferentes dos da Velha Senhora, em que os derrotados se sentiam humilhados e derrotados por não terem conseguido convencer os eleitores da supremacia da sua doutrina.
Que raio de vitória é esta em que os adversários não baixam a crista que levantaram durante 2 semanas e aceitam que, contas redondas, PERDERAM???
Às tantas essa sempre foi a certeza dos derrotados, que nunca esperaram ser eleitos e que tiveram 2 semanas com metade do trabalho do Engenheiro Porreiro: só tiveram de preparar um discurso: o da DERROTA.

sábado, 26 de setembro de 2009

Escolher em quem votar

Aproveitando a calmaria do dia de reflexão política, que é como quem diz um dia de sossego depois de uns quantos seguidos de barafunda e sarrafustedo de pouco nível por parte de alguns, procurei tomar o meu café subversivo e umas torradas com um amigo de sempre, que tem uma capacidade impressionante de, em pequenos comentários de bobo, sintetizar ideias e justificar sensações.
Ainda antes das torradas aquecerem a manteiga, a pergunta incómoda para quem ainda não decidiu o seu voto: "Vais votar em quem para primeiro-ministro?" e a resposta da praxe, minimamente correcta e a desculpar o facto de ainda não ter decidido: "Então, pá... o voto é secreto...". Uma trinca na torrada, 10 segundos de silêncio e o comentário do meu amigo: "Sabes, não vou votar em nenhum daqueles que está nos cartazes com expressão de obstipado ou prestes a soltar um traque inconveniente..."
Quase engasgado com a torrada pela gargalhada imediata, um gole de café acalmou-me e reflecti naquele comentário... Realmente todos os candidatos do centro para a direita têm efectivamente essa expressão, ou estará a ser confundida com uma expressão de sentimento antecipado de derrota, de ser a cara de uma causa perdida e de ter aceitado ser testa de ferro de um movimento no qual não acredita nem augura qualquer futuro?
Segundo dizem na publicidade televisiva, quem é mais o organismo regular vive o dia-a-dia mais sorridente, esclarecido e com mais alegria. Segundo diz o povo, quando se está "entupido" a matéria vai subindo e começam a aparecer as ideias de m####. Acho que vou optar pelo candidato mais sorridente e bem disposto nos cartazes...
Porreiro, pá!!!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Desigualdade entre pseudo-pares

O dia apresentava-se estival como se teimasse em enganar os demais de que o Verão ainda não acabou e, desta feita, optei por tomar o meu café e a minha torrada noutro local que não o costumeiro. No percurso deparei-me com novos cartazes por todas as freguesias onde finalmente fazem a aparição os candidatos ditos independentes de certa associação às juntas de freguesia.
Depois da surpresa de algumas caras pouco familiares, veio a estranhesa da concepção desta propaganda política em que surge um candidato à respectiva freguesia atrás da figura daquele de quem não se pode falar e que numa faixa de boletim de voto vem "Narciso"escrito como se esse fosse o nome de todos os candidatos às juntas.
O café já esfriara um pouco e as torradas pingavam já aquela manteiga gulosa que não consigo largar e dei por mim a tentar perceber como é possível que gente supostamente inteligente (comandar uma junta de freguesia não será para lorpas) se deixe tratar não como um igual entre pares mas como subordinado de um narcísico aspirante a todo-poderoso, nas suas costas e em pose de submissão. Será que vale a pena esta inferiorização publicada em imagem pelo tacho ou benesse prometida???
Inspirei os últimos vapores quentes da minha dose subversiva de cafeína e percebi que para alguns a submissão deve ser maior que para outros, exemplo prático o de um pseudo sabedor da tabuada que em certo cartaz aparece da mesma estatura de um iletrado quase analfabeto... Se calhar a prática de determinado desporto fez crescer a estatura do segundo para perto do tamanho do seu ego!!!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Exercício de Memória

Hoje o café estava muito quente para ser tomado de imediato (o primeiro dia de outono disfarçou-se de Estio) e as torradas ainda demoravam um pouco a saltar, pelo que me reclinei e comecei a fazer o meu exercício mental diário de escolher o primeiro tema que me viesse à cabeça e utilizar o raciocínio A+B=C para chegar a uma conclusão objectiva.Nada por acaso, até porque acaba por ser o tema Matosinhense por excelência da actualidade: diferenças entre o anterior e o actual presidente da câmara. Não querendo ir pelas óbvias enormes diferenças entre o aspecto, altura, formação académica, cívica e moral (ou falta delas) decidi-me pelas diferenças do tipo de discurso.O antigo dizia que "eu fiz", "eu sei", "eu sou" e TÓMBEM "eu controlo todas as acções da autarquia", a não ser quando dava raia da grossa e aí, ÓBIAMENTE, "a culpa foi do responsável desse pelouro em quem eu confiei e fui traído".O actual diz que "a minha equipa fez", "os meus vereadores chegaram a esta conclusão", "nós somos" e "a estratégia deste executivo é uma estratégia colectiva", mas quando a coisa dá para o torto tem a humildade de assumir que "este erro que foi cometido serve como lição e eu tudo farei para que este seja corrigido".Enretanto o café esfriou um pouco e as torradas ficaram no ponto, naquele ponto subversivo que permite uma pitada de malícia que me fez recordar um episódio de uma junta da mesma convicção política que foi injustamente acusada de irregularidades por uma denúncia anónima e que o presidente de então optou, enquanto também presidente da comissão política conselhia, por lavar daí as suas mãos e que quem lá estivesse que se aguentasse à bronca, não querendo saber até que ponto o seu partido saíria prejudicado desta situação. O mais importante era ele próprio não sair beliscado da situação...Valha-me o meu cafezinho para me manter a memória para não correr o risco de ser apanhado na esquina por um artista destes (pseudo-independente) nas próximas eleições...